O diagnóstico, o atendimento e o tratamento das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em Chapecó, foram assuntos debatidos em Reunião de Trabalho, realizada nesta quinta-feira (28), na Câmara de Vereadores. O encontro atendeu requerimento da vereadora Marcilei Vignatti (PSB), e reuniu entidades, órgãos governamentais e familiares para discutir o assunto.
A vereadora Marcilei Vignatti, lembrou que a reunião de trabalho foi motivada para atender e dar um suporte, principalmente, para as famílias que têm crianças diagnosticadas com autismo. “Temos convicção das dificuldades que os pais têm para conseguir um atendimento digno para crianças com TEA. Necessitamos melhorar as políticas públicas e precisamos ouvir todos os envolvidos”.
O médico João Lenz, representando a Secretaria Municipal de Saúde, disse que os atendimentos para crianças com TEA estão aumentando, mas que as dificuldades se encontram na contratação de profissionais. “Há uma falta de neuropediatra em todo o Brasil. Isso atrasa os atendimentos e prejudica os diagnósticos”, lembrou.
As entidades também explanaram sobre seus trabalhos e sugeriram melhorias na qualidade dos atendimentos. Paulinho da Silva, presidente da Associação dos Pais e Amigos do Autista do Oeste de Santa Catarina (AMA), disse que em Chapecó, há cerca de 800 crianças autistas diagnosticadas e outras 600 na fila à espera do diagnóstico. “Precisamos mudar a agenda de atendimento da rede pública. Se faltam profissionais, essas crianças têm que ser encaminhadas para estimulação precoce imediatamente”, destacou.
A reunião identificou alguns pontos principais, de acordo com a vereadora Marcilei. Entre eles, a necessidade de promover encontros e acompanhamentos familiares e a falta de terapeutas ocupacionais e medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). “São encaminhamentos que vamos providenciar juntamente com os órgãos públicos e as entidades da sociedade civil”, completou a vereadora.