A utilização do fumacê para combater o mosquito da dengue tem causado alguns problemas para os criadores de abelhas no perímetro urbano de Chapecó, em função da mortalidade dos insetos. Essa polêmica foi discutida em Reunião de Trabalho, realizada nesta terça-feira (28), no Poder Legislativo, por iniciativa do vereador Claimar de Conto (PP). Representantes de várias entidades e de associações foram consultados durante o encontro.
Com mais de 6 mil casos de dengue e seis mortes registradas em Chapecó, o uso do fumacê é uma das alternativas do Poder Público para eliminar o mosquito. “Entendemos os problemas que vem causando a dengue, mas precisamos discutir situações que não causem a morte das abelhas em nosso município, em função do uso de produtos tóxicos”, lembrou Lair Biesek, representante da Associação dos Criadores de Abelhas Indígenas de Chapecó (Acaic).
O coordenador do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), Rodrigo Momoli, afirmou que novas alternativas para eliminar o mosquito da dengue são testadas. “Estamos utilizando larvicidas, que são produtos biológicos para não agredir o meio ambiente e não atingir as abelhas.”.
O vereador Claimar de Conto, lembrou que já iniciou a elaboração de um projeto de lei para regulamentar o uso do fumacê em Chapecó. O intuito é prosseguir com o combate ao mosquito da dengue, mas estabelecer parâmetros para não afetar as abelhas localizadas no perímetro urbano. “A reunião foi produtiva no sentido de ouvir várias autoridades no assunto e, dessa forma, construirmos uma legislação que possa definir horários do uso e do tipo do produto, além do mapeamento das colmeias para não serem atingidas”, completou.